Nesta sexta-feira (19), o prefeito Eduardo Pimentel apresentou o projeto da nova concessão do transporte coletivo de Curitiba, que promete modernizar o sistema com integração ampliada entre linhas, renovação da frota e investimento em ônibus zero emissões. O projeto foi desenvolvido em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e prevê melhorias focadas na agilidade do deslocamento e na qualidade do serviço.
O edital da licitação deve ser publicado em novembro, com o leilão previsto para janeiro de 2026, na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). A proposta já está aberta para consulta pública online até 17 de outubro, com audiências públicas marcadas para os dias 1 e 15 de outubro, no Centro de Eventos Imap do Parque Barigui.
“Estamos apresentando um dos principais projetos da nossa gestão. Convido toda a população a participar da consulta pública e das audiências para construir um sistema de transporte mais moderno, eficiente e sustentável”, destacou o prefeito.
Principais pontos da nova concessão:
- Cinco lotes em licitação: Dois lotes de BRT (com linhas que circulam em faixas exclusivas) e três lotes regionais (Norte, Sul e Oeste) com contrato de 15 anos. A linha Turismo terá edital separado.
- Investimento de R$ 3,7 bilhões em 15 anos: Com aquisição de 245 ônibus elétricos, 149 ônibus a diesel Euro 6 e ampliação da frota total para 1.234 veículos.
- Integração temporal irrestrita: 100% das linhas terão integração entre si durante um período de tempo, permitindo flexibilidade e menos tempo de deslocamento para os usuários.
- Sustentabilidade: Curitiba será a primeira cidade do país a ter um contrato de concessão com foco na transição energética, com 30% da oferta de assentos em ônibus zero emissões até 2031.
- Infraestrutura: Construção de eletropostos nos terminais Capão Raso e Capão da Imbuia, com 42 carregadores, além de estações-tubo reformadas e novas linhas.
- Tarifa: A tarifa deve permanecer próxima aos atuais R$ 6, com congelamento durante até dois anos no período de transição.
- Gestão: Urbs ficará responsável pelo planejamento operacional, gestão, fiscalização e bilhetagem eletrônica, enquanto os concessionários administrarão a frota e infraestrutura.
Participação e transparência
O edital e toda a documentação do projeto estão disponíveis para consulta pública no site da Urbs (link da consulta), permitindo que moradores, investidores e entidades acompanhem e opinem sobre a nova concessão.
As audiências públicas serão realizadas presencialmente e também transmitidas pelo YouTube da Prefeitura de Curitiba, garantindo amplo acesso à população.
Desafios e expectativa
Um dos maiores desafios é recuperar os passageiros que migraram para transporte individual e aplicativos, agravado pela pandemia e mudanças no trabalho. A expectativa é aumentar a demanda em 3,5% já no primeiro ano da nova concessão, o que representaria meio milhão de novos passageiros.
“Queremos um transporte coletivo que ofereça conforto, pontualidade e uma tarifa justa para que mais pessoas optem pelo sistema público”, afirma o prefeito.
Com informações da Prefeitura